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Vinhos do Tejo: descobrindo a nova joia portuguesa no mercado brasileiro

A região do Tejo, em Portugal, não é apenas um cenário de beleza natural e história milenar – é também um segredo guardado no mundo do vinho. Enquanto os olhos dos consumidores brasileiros se voltam com frequência para regiões mais conhecidas como o Douro e o Alentejo, o Tejo tem começado a se destacar pelo potencial e pela qualidade de seus vinhos. O que torna essa região especial, além de sua herança cultural e natural, é a combinação de vinhos únicos, uma diversidade de castas autóctones e um cenário gastronômico que, juntos, proporcionam uma experiência sensorial completa.

Com paisagens dominadas por castelos medievais, ruínas da época romana, conventos antigos e práticas culturais tradicionais como a falcoaria, o Tejo é um destino turístico fascinante. No entanto, o que muitos turistas, brasileiros com nacionalidade portuguesa, amantes de vinhos, ainda não conhecem é o quanto a produção de vinhos nessa região tem evoluído nos últimos anos, posicionando o Tejo como um dos principais exportadores de vinhos para o Brasil. De fato, o Brasil já é o principal mercado fora da Europa para os vinhos dessa região, recebendo mais de dois milhões de garrafas anualmente.

vinhais Tejo Portugal Região com História e Tradição Vitivinícola

Situada no coração de Portugal, a região do Tejo é uma das mais antigas áreas vitivinícolas do país. Conhecida até 2019 como Ribatejo, o rebranding da região foi uma estratégia de reposicionamento para destacar o terroir único e os vinhos que produzem. O Tejo é a quinta maior região produtora de vinhos em Portugal, com 12 mil hectares de vinhas capazes de produzir mais de 75 milhões de litros de vinho por ano. Apesar de ainda ser menos conhecida no Brasil, o Tejo tem um legado de vinhos que combina tradições seculares com inovações modernas.

A geografia única do Tejo, dividida em três sub-regiões distintas – Charneca, Bairro e Campo – confere uma diversidade de solos e microclimas que favorecem a produção de vinhos com características singulares. Cada uma dessas áreas tem uma identidade própria: a Charneca, com seus solos arenosos, oferece condições ideais para a produção de vinhos tintos e brancos de grande qualidade; o Bairro, ao norte, apresenta solos argilo-calcários perfeitos para vinhos tintos estruturados e complexos; e o Campo, próximo ao rio Tejo, proporciona solos férteis que originam brancos frescos e espumantes de excelência.

Castas Autóctones e Internacionais: o melhor dos 2 Mundos

O Tejo é uma região marcada por sua diversidade de castas. No cenário dos vinhos brancos, a casta Fernão Pires é a estrela da região, conhecida tanto por seus vinhos frescos e aromáticos quanto por rótulos de guarda. A versatilidade da Fernão Pires permite a produção de uma ampla gama de vinhos, desde brancos leves e florais até vinhos mais complexos, com bom potencial de envelhecimento. Outras castas brancas de destaque incluem a Arinto, conhecida por sua acidez vibrante, e a Alvarinho, uma das uvas mais emblemáticas de Portugal, especialmente ao norte, mas que tem se adaptado bem ao terroir do Tejo.

Entre as uvas tintas, a Castelão é a mais plantada e representa a força dos vinhos tintos da região. Conhecida por sua resistência e por produzir vinhos robustos e estruturados, a Castelão é amplamente utilizada na produção de vinhos de diferentes estilos, desde os mais simples até os mais complexos. Além disso, a região do Tejo também abraçou castas internacionais nas últimas décadas, como Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay, resultando em blends que combinam o melhor da tradição portuguesa com um apelo global.

O crescimento da relação com o Mercado Brasileiro

O Brasil tem se destacado como um mercado prioritário para os vinhos do Tejo, não só pelo volume de importações, mas pelo crescente interesse dos consumidores brasileiros por vinhos de qualidade a preços acessíveis. Com a economia brasileira em constante evolução, o consumidor local tem procurado por rótulos que ofereçam um excelente custo-benefício, e o Tejo tem se mostrado uma opção atrativa nesse sentido. Além disso, o apelo dos vinhos portugueses, que combinam tradição com inovação, se alinha perfeitamente aos paladares brasileiros, que valorizam tanto vinhos leves e frescos para climas quentes quanto tintos encorpados para acompanhar pratos típicos.

A versatilidade dos vinhos do Tejo se adapta bem à gastronomia brasileira. Os brancos frescos da região, como os produzidos a partir das castas Fernão Pires e Arinto, harmonizam perfeitamente com pratos à base de frutos do mar, peixes grelhados e saladas, muito comuns nas regiões litorâneas do Brasil. Já os tintos, especialmente os feitos com Castelão e Touriga Nacional, têm o corpo e a estrutura necessários para acompanhar pratos mais robustos, como carnes vermelhas assadas, churrascos e ensopados.

Harmonização dos vinhos do Tejo com a gastronomia brasileira

A afinidade entre os vinhos do Tejo e a gastronomia brasileira vai além das características individuais de cada vinho. O Brasil, com sua rica e diversa culinária, oferece inúmeras oportunidades para explorar harmonizações criativas com os vinhos da região. Por exemplo, um Fernão Pires fresco, com suas notas florais e cítricas, pode ser o par perfeito para um ceviche de peixe branco, enquanto um Arinto de maior corpo, envelhecido em barrica, combina harmoniosamente com pratos como moqueca baiana, equilibrando a riqueza do dendê e o frescor dos ingredientes.

Já entre os tintos, um vinho feito com Touriga Nacional, como o Quinta do Casal Monteiro Touriga Nacional Unoaked, traz taninos potentes e boa acidez, tornando-o ideal para harmonizar com carnes de churrasco, como uma picanha bem temperada. Os taninos equilibram a gordura da carne, enquanto a acidez refresca o paladar. Além disso, blends como o Quinta da Badula Grande Reserva, que combinam Syrah e Alicante Bouschet, são vinhos robustos e complexos, perfeitos para pratos mais intensos como feijoada ou rabada.

Os vinhos doces do Tejo também oferecem possibilidades interessantes para a harmonização. O Quinta do Casal Brando Colheita Tardia 2018, um vinho de sobremesa encorpado e untuoso, com alta acidez e dulçor equilibrado, pode ser servido com sobremesas tradicionais brasileiras, como quindim ou pudim de leite condensado, criando uma combinação irresistível entre a doçura e a acidez do vinho e o sabor rico das sobremesas.

Cinco Vinhos do Tejo para descobrir

A diversidade dos vinhos portugueses nesta região permite que cada consumidor encontre um rótulo que combine com seu paladar e suas preferências gastronômicas. Aqui estão cinco vinhos que merecem destaque:

1. Casa Cadaval Riesling
casa cadaval vinho Um vinho raro e fresco, feito com uvas Riesling de vinhedos com 35 anos. Com acidez marcante e uma conversão malolática bem trabalhada, é ideal para acompanhar pratos leves, como saladas com frutas cítricas ou peixes grelhados. Importado pela Via Vini.

2. Ode Winery Arinto
ode arinto vinho Um Arinto de corpo médio, com notas tostadas e baunilha, perfeito para harmonizar com moquecas ou pratos de frutos do mar mais intensos. Ainda não disponível no Brasil, mas a vinícola busca importadores.

3. Quinta do Casal Monteiro Touriga Nacional Unoaked
quinta do casal vinho Um Touriga Nacional que valoriza a fruta e a pureza da casta, com taninos firmes e boa acidez, ideal para carnes grelhadas e churrascos. Disponível no St. Marche.

4. Quinta da Badula Grande Reserva 2015

Um blend encorpado, com 21 meses de envelhecimento em barricas francesas, ótimo para pratos ricos e robustos como feijoada ou carnes de caça. Importado pela eVintage.

5. Quinta do Casal Brando Colheita Tardia 2018

Um vinho de sobremesa doce e untuoso, com acidez elevada, ideal para ser servido com sobremesas à base de coco ou leite condensado, como quindim ou cocada. Um verdadeiro tesouro para os amantes de sobremesas e vinhos.

Os vinhos do Tejo oferecem uma oportunidade única para os consumidores brasileiros explorarem uma nova faceta do mundo dos vinhos portugueses. Com um portfólio diversificado, que vai desde vinhos frescos e acessíveis até rótulos mais complexos e de guarda, a região está bem posicionada para crescer ainda mais no mercado brasileiro. À medida que o interesse pelos vinhos do Tejo aumenta, é apenas uma questão de tempo até que a região se torne uma das favoritas dos brasileiros, tanto nas prateleiras quanto nas mesas de jantar, acompanhando a rica gastronomia do país.
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